sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A arte do ócio...

Creio que devem existir livros, teses, teorias, cursos, workshops sobre a grande arte de não fazer nada... aliás.. se existir algo assim não tem o menor sentido! Seria uma verdadeira anti-tese!!
Mas este texto mostra que é algo difícil esta coisa de nada fazer... Neste momento, estou em um local não apropriado para elaborar pensamentos, escrever textos... o Bar!
Local perfeito para o ócio.. e para momentos de criatividade pura e solta...
Mas o grande fazedor de nada resolve formalizar seu ócio.. escrever sobre ele!!
Um grande fracassado na arte de fazer nada! Ao invés de pedir um chope fico tentando organizar pensamentos para “colocar no papel”...
Tento me convencer que o problema é a falta de minha companheira das horas boas e ruins.. ou de algum hermano para o bom e velho chope com prosa... tomara que seja isto! Não me imagino fracassando na grande arte...
(cadê o garçom? deve me achar louco a esta altura do campeonato.. desistiu de me atender...)
Mas na arte do ócio com chope eu sou um dos notáveis... daqueles que sentam sós no canto do estabelecimento, mas sem se constrangir... consigo levar o pensamento a áreas nunca imaginadas quando meu corpo absorve o primeiro, cremoso e gelado gole desta bebida que me deixava intrigado quando moleque... Como os adultos podem gostar deste treco ruim??? agora só de lembrar deste pensamento neste exato momento vem um esboço de sorriso no canto de minha boca.. os olhos riem da lembrança, pois a boca não pode se dividir em dois prazeres... tem que se concentrar na temperatura perfeita e no sabor... (caraca!! quem regula estas chopeiras?!? é um mestre!!) Na mesa da frente o casal que espera seu jantar deve estar me achando estranho.. um cara com expressão de felicidade ao dar um gole em um chope? ou acertou na megasena ou é alcoólatra! Isto está estampado na cara da senhora... Pronto!! O copo volta para a mesa...
Estes são os 4 segundos mais longos do dia... Quando a vida pede que todos nos afastemos da grande arte. Afinal temos que entregar os projetos, atender os pedidos, pagar as contas, receber as contas, programar o tempo, entregar orçamentos, almoçar no fast food, cortar, temperar e cozinhar o almoço, pensar no jantar, telefonar para aquela pessoa, atender aquela outra, cortar a grama e, enfim, pendurar aquele quadro que há tempos está no canto da sala..
Cansei. Esta coisa de não fazer nada é meio complicada.. acho que vou procurar o que fazer... (e até agora nada do garçon.. ele deve achar que sou uma pessoa muito ocupada...)

um momento

Naquele exato segundo ele sentiu que estava vivo, foi um pouco antes de lembrar do que estava fazendo e seguir em frente... até terminar. Foi como uma fagulha de energia, um flash, um leve toque de um dedo indicador em seu ombro direito.
Nesta breve pausa muitas coisas passaram por sua cabeça. Mas se perguntar ele não saberá citar nenhuma, como se nada de anormal tivesse ocorrido. Mas ele estava vivo.
O breve momento não foi marcado por dor, nem prazer... seu corpo funcionou plenamente, como foi projetado para funcionar. Sangue fluindo pelas veias, como sempre... Todos os seus sentidos ativos, tudo positivo e operante. Sua visão mereceu atenção neste momento por deixar as cores a sua volta mais vivas.
Ele sabia que estava vivo, mais do que nunca. era como se um “scanner” de três dimensões vasculhasse todo seu corpo a procura de erros e nada encontrasse, toda sua pele estava com poros abertos, os pelos de seu braço arrepiaram e a gota de suor que escorria por sua testa parou neste momento.
A vida corria por todo seu corpo, em um simples segundo de êxtase. Não havia um motivo especial para tal fato, simplesmente ocorreu. Ele poderia estar no trabalho, andano pela rua ou passivamente recebendo as desinformações da tv... Qualquer lugar do mundo poderia ser o palco daquele segundo especial... Mas foi ali. durante aquele ato que já foi repetido diversas vezes, na terceira tentativa veio o tão inusitado segundo.
Foi apenas um momento.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

dizáine??

Design.. palavrinha sempre em voga.. moderna.. super na moda!
As vezes me pergunto o que diabos é isto... sei lá se meus pais sabem definir minha profissão.. culpa minha...

As vezes penso que é uma forma de prostituição da arte, acho que em minha cabeça existe um pequeno punk que me diz que design é a arte "a serviço do sistema"... Mas, analise a arte contemporânea: vernisages... pintores desconhecidos vendendo, ou tentando vender, seus trabalhos em feiras. Todos sonhendo em viver de arte, ou seja: capitalizar sua criação. A diferença é que trabalham com peças únicas... geralmente sem pensar em reprodução em massa.. como os artesão na era pré revolução industrial... Claro que com um grande conceito e propostas revolucionárias por trás de cada obra de arte (será?)

Então o que é o tal design? Se consultarmos Wilton Azevedo (o que é design - livro for dummies, mas com conteúdo desconhecido por diversos dizainers) veremos que design nada mais é que criar algo com foco na reprodução em massa. Sim! arte para "o sistema"!! com S maiúsculo! Sim!! Criação para o mercado!! Sim!! É para vender!!!

Voltando aos artistas... o que aquele hippie com um pano preto cheio de pulseirinhas está fazendo na porta do restaurante?
Doando seus trabalhos??

E aquele CD daquela banda descolada? Aquela que tem um discurso "super politizado"... O que está fazendo na banca de lançamentos das lojas Americanas?

Cada dia que passa sou mais convicto de que nada sei...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

um desenho?

será o fim do mundo?

Pronto! Cá estou!
Entrei nesta "nova onda" para tornar públicos meus confusos pensamentos. Vou me esforçar para manter este blog sempre atualizado, as vezes com palavras, outras vezes com traços...

Não procuro meus 15 kb de fama com este novo espaço, aliás, nem sei o que procuro! Quem sabe seja a lógica em meio a caos que carrego em meu tão pouco usado cérebro...

Espero que alguém entenda...