sábado, 17 de maio de 2008

mano negra

Hoje por alguns minutos tive as mãos de minha avó entre as minhas.. observei calmamente os desenhos que o tempo ali fez. E vi uma beleza indescritível naquelas mãos. Calado pude ler toda a história de uma vida ali, lembrei das coisas que minha mãe contava de sua infância, como ela foi guerreira ao criar suas 3 filhas depois do falecimento de meu avô. apesar de todo encantamento que senti não resolvi escrever para exaltar a história de vida de Dona Bela, apesar da vontade de sair gritando minha admiração a todos que passam, mas gostaria de lembrar sobre todas as histórias de vida que nos cercam e deixamos passar sem dar muita atenção. Aos velhos que vivem em asilos, aos que por um motivo ou por outro acabaram nas ruas, aos que vivem em suas casas com todo o conforto possível mas sem nenhum contato com seus filhos. A eles dedico este texto.
Sentimental? Talvez... Mas posso dizer que a cada dia que passa dou mais valor a esta “falida” instituição chamada família, por mais que alguns gritem que não é algo sólido, por mais que o tempo a cada dia esteja mais escasso para estarmos perto dos nossos. Deixo pública minha admiração aos meus.
Perfeitos? Não. Elogio generalizado? Não.
Sei que existem caso e casos, mas, salvo exceções, creio que é uma instituição para se confiar. Basta ter um pouco de boa vontade e acima de tudo sinceridade para fazer “a coisa” andar. O que falta em tudo para dar certo sempre é isto: sinceridade.

Mas sinceramente, acho que pouca gente vai me entender.

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